quinta-feira, 3 de março de 2011

Na TV, Camarinha diz que aumento salarial é para deputado “sobreviver”

A Câmara aprovou projeto que aumenta o salário dos deputados, senadores, presidente, vice-presidente e dos ministros para R$ 26,7 mil. No Senado, o texto foi aprovado em três minutos de votação e a repercussão negativa ganhou a mídia dividindo parlamentares.

O reajuste chega a 61,8%. O deputado reeleito Abelardo Camarinha (PSB) foi um dos escalados para defender o reajuste e apareceu em reportagens em rede nacional justificando o salário de marajá.

“Para você trazer para a casa pessoas boas, você tem que ter condições de sobreviver”, disse o deputado em reportagem veiculada pela Rede Record. Ele também defendeu o reajuste em outras emissoras.

Os parlamentares, o presidente, o vice e os ministros estão sem reajuste desde 2007. A inflação no período, porém, foi inferior a 20%.

O PSOL foi o único partido a manifestar posição contrária. “Defendemos o reajuste inflacionário, o que elevaria nossos salários para cerca de R$ 20 mil. É incompreensível que a Câmara aprove um aumento desses para nós enquanto discutimos o congelamento do salário mínimo em R$ 500”, afirmou o deputado Ivan Valente.

A proposta de aumento salarial dos deputados entrou em pauta de surpresa, antes mesmo de uma reunião da Mesa, que debatia o assunto, ser finalizada. O reajuste está sendo concedido a partir de fevereiro deste ano. As despesas decorrentes da aplicação do aumento serão cobertas pelas dotações orçamentárias dos respectivos órgãos.

Apenas com o aumento dos congressistas, a previsão é de um efeito cascata de aproximadamente R$ 1,8 bilhão em Assembleias Legislativas e Câmaras Municipais.

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